domingo, 14 de outubro de 2012

076) Histórico da Biologia Celular

076) Histórico da Biologia Celular:




A BIOLOGIA CELULAR é o ramo da biologia que estuda as organelas celulares e seus comportamentos. Procura diferenciar as células tanto animais quanto vegetais, observando também as diferenças.

AS DIMENSÕES DAS CÉLULAS variam de espécie; contudo, a maioria tem tamanho inferior ao do poder de resolução do olho humano. As células podem ser: Microscópicas (maioria absoluta) e Microscópicas (algumas algas e células de urtiga).

LEIS CELULARES

a) LEI DA CONSTÂNCIA DO VOLUME CELULAR (Driesch):
O volume é constante para todas as células de um mesmo tecido, em todos os indivíduos da mesma espécie e mesmo grau de desenvolvimento (ou seja, mesma idade).

De acordo com essa lei, o volume celular independe do tamanho do indivíduo. De fato, analisando-se células hepáticas de um anão e de um gigante, pode-se verificar que, nos dois casos, o volume das células é o mesmo. Isso significa que a diferença no tamanho dos órgãos se deve ao número de células que, no gigante, é muito maior. A Lei de Driesch não se aplica às células permanentes.

b) LEI DE SPENCER:
Segundo Spencer, a superfície de uma célula varia de acordo com o quadrado da dimensão linear e o volume com o cubo da célula. Esse aumento desproporcional do volume faz com que a célula tenha um excesso de citoplasma, que a obriga a entrar em divisão celular. A Lei de Spencer é um fator mitógeno (fator que leva a célula à divisão).

c) CLASSIFICAÇÃO DE BIZZOZERO:
Conforme sua duração no organismo, as células podem ser classificadas em:

- CÉLULAS LÁBEIS = células dotadas de ciclo vital curto. Continuamente produzidas pelo organismo, permitem o crescimento e a renovação constante dos tecidos onde ocorrem. Exemplos: Glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrólitos) e as células epiteliais (revestimento).

- CÉLULAS ESTÁVEIS = células dotadas de ciclo vital médio ou longo, podendo durar meses ou anos. Produzidas durante o período de crescimento do organismo, essas células só voltam a ser formadas em condições excepcionais, como regeneração de tecidos (reparação de uma fratura óssea, por exemplo). Entre as células estáveis, podemos citar: Osteócitos (células adultas), hepatócitos (células do fígado), células pancreáticas, células musculares lisas, entre outras.

- CÉLULAS PERMANENTES = células de ciclo vital muito longo, coincidindo, geralmente, com o tempo de vida do indivíduo. São produzidas apenas durante o período embrionário. Na eventual morte dessas células, não há reposição, uma vez que o indivíduo nasce com um número completo e necessário de células permanentes. Essas células, simplesmente, aumentam de volume (exceção à Lei de Driesch), acompanhando o crescimento do indivíduo. Como permanentes, podemos citar as células nervosas (neurônios) e as células musculares estriadas.

Os instrumentos que permitem uma visualização da célula são denominados microscópios. Podemos observar as células de diferentes maneiras

- IN VIVO = Observação de células em seu estado natural.

- SUPRAVITAL = Observação da célula após tratamento com substâncias químicas que não a decomponha, deixando-a viva.

- POST-MORTEM = Observação de células fixadas, isto é, substâncias que provocam a morte da célula, sem que haja perda de sua arquitetura original. Geralmente, depois de fixadas, as células são coradas.

- CORANTES = Substâncias portadoras de grupos químicos coloridos, utilizados somente em microscopia óptica, que identificam determinada estrutura celular.

Principais Corantes:

- DNA = Feulgem

- Verde Janus Beta = Mitocôndrias

- Hematoxilina = centríolos e retículos endoplasmáticos

- Sais de Ag+, Os, U = Complexo de Golgi

- Reativo de Schiff = Polissacarídeos (técnica de PAS)

- Sudam III = gorduras

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR
O surgimento da célula, tal como se a conhece, resulta de um processo de transformação que durou milhões de anos. No início desse processo estão os primeiros seres vivos que passaram a desenvolver mecanismos cada vez mais eficientes de captação, armazenamento e liberação de energia para realizar suas atividades. Existem seres unicelulares (bactérias) e partículas proteicas associadas a um ácido nucleico (vírus).

a) VÍRUS:
São partículas e não células, embora dependam delas para sua multiplicação. Não possuem enzimas e, portanto, não apresentam metabolismo próprio, necessário à formação de novos vírus. Então, são parasitas intracelulares obrigatórios, formados apenas por um dos ácidos nucleicos (DNA ou RNA), envolvido por um revestimento proteico.

Os vírus que infectam os animais não invadem as células vegetais e vice-versa. Os vírus que parasitam bactérias são chamados bacteriófagos ou, simplesmente, fagos.

Os vírus (do latim = veneno) foram identificados em 1892 por Ivanovitch (botânico russo), quando pesquisava folhas de fumo (vírus do mosaico do tabaco).

Esse microorganismo somente sobrevive dentro de uma célula viva, portanto, apresentam fora do organismo um tempo de vida limitado (minutos ou horas).

b) MICOPLASMA:
Microorganismos unicelulares patogênicos são as menores e mais simples células conhecidas atualmente. Apresentam metabolismo próprio e são agentes infecciosos de diversos animais, causando pleuropneumonites.

c) RICKETSIAS:
Microorganismos unicelulares patogênicos e agentes infecciosos intracelulares muito pequenos. Semelhantes às bactérias, considerados como intermediários entre os vírus e as próprias bactérias.

d) BACTÉRIAS:
Seres unicelulares microscópios, isolados ou coloniais, encontrados em todos os ambientes: água, solo, ar, orgânico. A maioria de vida livre e heterotrófica, muitas bactérias exercem importante papel no ciclo do nitrogênio na natureza.

Outras, no entanto, são agentes patogênicos, causando numerosas infecções no homem, como a tuberculose, pneumonia, hanseníase, meningite, tétano, entre outras.

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